Uma porção de unhas ásperas me arranham a perna e sobem em direção a coxa. Estamos diante da porta, você e eu, e eu reconheço nossa diferença de idade. Há uns cinco ou seis deles perto de nós e nós os abraçamos, os colocamos no colo, desenterramos suas unhas de nossa carne. São filhotes, como nós, ou já não somos? Estávamos na porta da frente de uma casa, que não era nossa, mal víamos quem morava alí, por isso, um lugar neutro. De repente a mãe aparece e grita conosco. Tento esconder cada gato dentro de minha blusa, e eles desconfortáveis e sem ar arranham-me a barriga, e é então neste momento em que começo a arremessá-los contra a porta, e provavelmente, eles sentem dor.



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