Procurei meus escritos... minhas escritas.
Deixo tudo embaixo da cama, escondido e pegando pó.
O pó me dá alergia. Assim como tinta amarela, tinner, suor, sol, melão e aflição.
É só aflitar-me e empipoco-me.
Coceiras, cabeleiras, penteadeiras, fofoqueiras de plantão e de plantinha.
Tudo ecoa, fora e dentro. Bem dentro. Bem lá dentro.

Errei. Errei em ser eu mesma, em revelar minhas máscaras já caídas no chão.
Em revelar minhas lágrimas mais ardidas.
Cai coração, cai!
Talvez eu seja uma cretina idiota.
Mas sou tua.
O tremor não me deixa escrever mais nada.

Confidências confidenciais são suas ofensas irrepetíveis.
No início, tudo é escuro, desde o parto até o pranto.
Hoje quero respostas mais precisas e preciosas.

A gente se confunde e se perde sozinho...
fiquemos sempre presos a esses absurdos que insistem em nos perseguir...
seremos objetos de riso e humilhações...
mas seremos ao menos cientes da ridícula situação que é:
não nos encontrarmos em nós mesmos...

Alguns sapos nós engolimos e outros deixamos escapar...
alguma coisa há de ficar para contar a história,
algo há de permanecer intacto.

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